17 de out. de 2008

E nós nessas bandas de cá?...



O LUXO SEM ETIQUETA
"O cara desce na estação do metrô de NY vestindo jeans, camiseta e boné,encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.
Durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes, ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam à bagatela de 1000 dólares.
A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.
A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
A conclusão: Estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto. Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife."


Repostagem disponível em: LH Consultoria - Mercado de Luxo
Acessado: 17/10/2008

E nós nessas bandas de cá?...

Esse título nos chamou atenção por revelar, possivelmente, uma marca de nosso tempo.

Acreditamos oportuno indagar quanto ao nosso próprio comportamento no cotidiano em relação aos nossos colegas, conhecidos, objetos, atividades... Até que ponto não desdenhamos por ignorância ou pelo simples fato de ausência de "grife". Creio que caiba aqui inúmeras indagações a respeito do nosso olhar, da valorização e valoração das pessoas, das coisas, de nós mesmos.

Podemos fazer diferente? Podemos ser menos ignorantes e alienados? Podemos ser mais autônomos?...Podemos ser menos individualistas e menos egoístas...ou ainda menos estúpidos? Não se trata de conhecer esse ou aquele artista, o valor desse ou daquele instrumento, mas sim de olharmos para nós e, refletir quanto ao valor e o sentido atribuído as coisas e as nossas próprias experiências.

Desculpem a rispidez, mas o ser mediano é sem dúvida nenhuma, ser medíocre. Sim, é redundante, sim é "pleonasmo". Mas...


Veja o clip da experiência em:
Veja o mesmo artista em outro contexto em: